Papo de corrida: entrevista com Paty, do ‘Vai Atleta’

O céu é o limite para Patricia Benevides – mais conhecida como Paty. A corredora de São Paulo já participou da TCS New York City Marathon, Chicago Marathon, La Mission Brasil e muitas outras maratonas. Com tantas histórias para contar, o Time O2 Corre teve o prazer de entrevistar a atleta. Confira:

Time O2 Corre: Olá Patrícia, é um prazer conversar com você, muito obrigado pelo seu tempo! Pode contar para nós como a corrida impactou na saúde física e mental?

Paty: Eu me lembro que antes de começar a correr, eu subia três lances de escada e já me sentia ofegante, tinha dor na lombar. A corrida me trouxe muitos benefícios em diversos aspectos, tanto no quesito de me alimentar melhor quanto me sentir mais disposta. Eu começo meu dia correndo, e essa energia que eu ganho na corrida eu levo para o resto do dia, me faz um bem enorme. Na questão mental realmente é uma terapia, é aquele momento que você tem com você. Aquele momento que eu tenho correndo que eu consigo pensar em tudo e as vezes pensar em nada, então é muito bom ter esse momento com você, com seus pensamentos, sentir o seu corpo.

Time O2 Corre: Como a corrida impactou na sua vida social?

Paty: Dizem que o corredor já nasce amigo, é muito verdade. Às vezes você corre 1, 2, 3 km do lado de uma pessoa e parece que você conhece ela a vida inteira, porque tudo em um corrida se intensifica. Tenho amigos que nasceram assim, de 1 km juntos, de um abraço apertado na linha de chegada, de uma mensagem antes da prova…

Time O2 Corre: Como introduziu a corrida no seu dia a dia?

Paty: Não tem uma fórmula mágica, foi acontecendo. De 2016 até 2019 – que foi minha primeira maratona – eu não tinha treinador, não tinha planilha, não tinha nada. Então eu ia sozinha para academia, corria na esteira, saía do trabalho e corria na rua da USP. Isso foi evoluindo e incluindo a corrida na minha vida na medida em que foram aparecendo os desafios diários.

Time O2 Corre: Como você encaixou os treinos na sua rotina?

Paty: Hoje, no meu caso, eu acordo 4h40 ou 4h50 para poder correr, para depois sair, enfrentar o trânsito e ir trabalhar. Eu moro em Cotia, e se eu não sair esse horário eu enfrento um trânsito muito pesado – nos dias de semana eu acabo treinando na esteira, mas nos finais de semana eu faço meu longão na rua. Mas eu opto por acordar cedo, para fazer isso no começo do meu dia, foi a forma que eu encontrei de treinar e também para ter mais disposição durante o dia.

Time O2 Corre: Pode dar um conselho para para quem hesita em começar a correr?

Paty: Não hesite, você está só adiando a sua felicidade. Eu tenho certeza que a corrida vai te recompensar, cada passo que você der, você vai ter em dobro a felicidade.

Time O2 Corre: Conte para nós um momento marcante durante uma corrida.

Paty: Recentemente participei de uma corrida chamada La Mission Brasil, acho que foi a experiência mais difícil que eu tive no mundo da corrida. Foram momentos que eu me vi e me perguntei “o que eu tô fazendo aqui?”, e perguntei se eu precisava disso. O lugar é tão lindo, a conexão com Deus foi tão forte e as respostas que eu tive também me marcaram. Eu nunca tive medo em nenhuma corrida, mas nessa eu tive. É uma corrida que exige muito na subida, que desgasta muito e depois disso são descidas absurdas e tive medo de cair.

Time O2 Corre: Pode dar uma dica para quem está começando a correr agora?

Paty: Curta cada etapa! O momento de descoberta da corrida é uma momento mágico, essa paixão tem seu começo, seu meio – e eu espero que no meu caso, não tenha fim. Mas é isso, o descobrir cada passada. Curte, sorria e divirta-se.